Artigo 1o - Todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara.
Artigo 2o - Revogam-se todas as disposições em contrário.
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Reza a lenda que Capistrano de Abreu (1853/1927) - nosso grande e estranho historiador, segundo Tristão de Athayde - a teria decretado, passado com o que via acontecer no país lá no início do século XX. E lá se vão, cem anos... Dizem que vivemos tempos acelerados; para essa evidência, entretanto, o tempo parece ter parado.
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Seria por um lado, uma carta magna contra-intuitiva para os nossos padrões, acostumados que estamos a empilhar leis e por outro lado totalmente alinhada a eles, já que como boa parte delas também não é cumprida.
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Nossos progressistas dizem que ela faz parte do ideário de moralistas, autocratas, conservadores e por aí vai... Como tenho um pouco de cada um deles, considero-a um achado para um país de caras-de-pau onde dizer uma coisa e fazer outra tornou-se comportamento normalizado desde sempre ou - a exemplo do que ocorre atualmente - em que a crítica ou elogio a uma mesma atitude depende da condição de quem a toma, se partidário ou opositor.
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