Passam os anos mas nós não perdemos o cacoete. Nos achamos. Dois exemplos recentes.
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A propalada saída dos 26 brasileiros da Faixa de Gaza, com avião da FAB de stand-by e cantada em prosa e verso pela imprensa desde os dias iniciais do conflito não deve acontecer tão cedo. Se para negociar a entrada de 20 caminhões com víveres e remédios - devem ser necessários dez vezes mais, pelo que noticia a imprensa - foi necessária a mão pesada dos Estados Unidos e negociações de vários dias, porque 26 pessoas de um país bem distante e com pouca influência política na área iriam sair antes? Por vários dias lia-se e ouvia-se na imprensa que a liberação era iminente. Não aconteceu e temo não acontecerá tão cedo.
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Vinicius Jr. é tido e havido como um dos melhores jogadores de futebol do mundo... pela nossa imprensa, é claro! Dias atrás saiu a lista dos 10 indicados para o The Best - o outro é o Bola de Ouro - e ele não constava. O chororô foi geral, mas devo concordar que os números do seu desempenho são bem superiores ao de vários indicados. Eu também o incluiria na lista.
Seria preciso conhecer os critérios utilizados porque sabe-se quem escolhe : um board de ex-jogadores de diversos continentes; havia brasileiro e argentino representando o nosso continente. Logo, bairrismo não deve ser a causa. Ou será que bairristas seriam as análises dos nossos comentaristas esportivos ?
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Mesmo com toda a reversão de expectativas provocada por fatos e dados da década passada continuamos pensando que somos primus inter pares e o povo abençoado por Deus - os judeus, que me perdoem!.
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