É inverno lá fora.
Na madrugada fria
chove copiosamente
como a muito não fazia.
No rádio,
a melancolia, a delicadeza, a harmonia
das vozes à capela
que cantam Strauss.
Contraponto providencial
aos aforismos indigestos,
carregados de nihilismo,
que bebo do livro de Cioran.
Viram o estômago,
deixam um travo amargo na boca,
fazem o inverno na alma.
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