domingo, 21 de agosto de 2016

Brasil Olímpico

E conseguimos alcançar o número de 30 medalhas de ouro em 22 participações nos Jogos Olímpicos. Michael Phelps conquistou  23 em 5 participações; na primeira tinha 15 anos e por razões óbvias não ganhou nenhuma (Wikipedia).
Nesta edição, conquistamos 7 medalhas de ouro, 6 medalhas de prata e 6 medalhas de bronze. Ficamos na 13a colocação. Gastamos R$ 3.1 bilhões na preparação dos atletas. A Inglaterra, 2a colocada, conquistou 27 medalhas de ouro, 23 medalhas de prata e 17 medalhas de bronze. Gastou R$ 1.5 bilhão na preparação dos atletas. Lí também que o Canadá que ocupou o décimo lugar - nosso objetivo - também gastou menos do que nós.
É óbvio que Phelps é um ponto fora da reta e que  Inglaterra e Canadá pouco devem ter gasto com instalações pois lá a prática de esportes é mais disseminada, mas os números são tão díspares que assustam. Mostram a distância que nos separa do primeiro mundo dos esportes tanto na abrangência das práticas desportivas quanto da eficiência nos gastos. Com muito mais dinheiro do que em edições anteriores e do que os dois países citados, os resultados ficaram aquém do esperado, apesar de melhores daqueles de Olimpíadas passadas.
Cresce a percepção de que toda essa grana aplicada em atletas de alto desempenho visando a conquista de medalhas seria muito mais bem utilizada se investida numa política de massificação do esporte. Os talentos seriam revelados naturalmente. Depois bastaria lapidá-los.
Quantos Isaquias Queiroz estão perdidos na imensidão desse país? Foi revelado por um projeto social e não através de uma política do desenvolvimento praticada pela federação de seu esporte ou de qualquer órgão oficial. Oxalá, um dia cheguemos lá.

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