Ontem em uma reportagem sobre a premiação do Festival de Berlim, um crítico de cinema - acho que Rodrigo Fonseca - entrevistado pela repórter a respeito da premiação, considerou-a conservadora. Um dos motivos foi não terem premiado como melhor atriz uma transexual chilena: Daniela Vega por seu desempenho em Una Mujer Fantástica.
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Há poucos dias lí uma reportagem sobre a reforma da previdência em que um alto funcionário do Ministério do Previdência adjetivava como machista a proposta de igualar a idade de aposentadoria entre homens e mulheres, mas a justificava pois isso é feito no mundo todo.
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O primeiro ministério do governo golpista foi tachado de machista pois não tinha mulher alguma. A premiação - acho que - do Oscar do ano passado foi considerada racista pois não tinha nem um negro entre os escolhidos.
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Há tantos e tão desarrazoados exemplos. São consequência de um pensamento filosófico dominante que atirando no próprio pé, tudo desconstruiu - principalmente os universais - para dar primazia ao acidente e ao relativo. Essa concepção de mundo alcança as massas de maneira diluida, via jornalistas, promotores culturais e assemelhados, sempre antenados com o up to date. O que se vê e lê é um autêntico samba do crioulo doido do pensamento.
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Agora os nossos mudernos reclamam da pós-verdade. Queriam o quê? Num mundo onde tudo é considerado relativo, a solução é o beco sem saída em que nos metemos. Quem semeia ventos, colhe tempestades.
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Agora os nossos mudernos reclamam da pós-verdade. Queriam o quê? Num mundo onde tudo é considerado relativo, a solução é o beco sem saída em que nos metemos. Quem semeia ventos, colhe tempestades.
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