Os jornais da noite na TV tiveram que estender suas edições tantas eram as barbaridades do dia.
Cedinho, começou com a PF batendo na residência dos gatunos dos Jogos Olímpicos. Imagino a indignação dos grã-finos do Jardim Pernambuco - ali só tem gente fina! - vendo os carros da PF adentrando pelo seu terreiro para recolher o engomadinho do Nuzman.
Ao meio-dia eram as malas e caixas de dinheiro -R$ 51 milhões!- descobertos em um apartamento destinado só prá eles em Salvador. Traquinagens do Geddel, aquele que o ACM (Toninho Malvadeza) dizia não valer nada - e olha que o ACM entendia do assunto!
No fim da tarde eram as gravações dos irmãos Batista - os vilões da hora - mostrando as entranhas do país. Fantásticos todos esses audios; revelam do que somos feitos.
À noite, a flechada do Janot contra o PT. Dois ex-presidentes, três ex-ministros incriminados. E eles naquela fé dos eleitos, continuam negando tudo.
Diante de tanta insanidade concluo com o parágrafo de Carlos Mello, cientista político do Insper no seu blog da UOL (06.09) :
Parece ficção, mas não é. É a realidade concreta, difícil de compreender e impossível de ligar todas as pontas. A confusão só aumenta. O fato mais nítido, no entanto, é que o processo destrutivo da autoestima nacional é devastador: não há heróis que possam ser insuspeitos; sistema político e até órgãos de controle são abraçados por séculos de tradição patrimonialista e clientelista. É incrível que tudo venha a estourar nesta quadra de tempo em que vivemos; somos testemunhas de uma história de decomposição.
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