domingo, 24 de setembro de 2017

O Rio é um desastre autoinfligido.

É o que diz Gustavo Franco na  sua coluna de hoje - Mau Exemplo - de O Globo. Complemento com a bíblica: Quem semeia ventos, colhe tempestades. (Prov. 22,8). Está mais do que na hora, precisamos deixar cair a ficha.
Chegamos onde chegamos não por culpa dos outros, bordão muito repetido por aqui, mas pelos vícios imensos que permeiam a cultura dessa cidade: permissiva, complacente com a infração, avessa à ordem - carioca não gosta de sinal vermelho, diz a canção da conterrânea Adriana Calcagnotto. Ou assumimos que para viver em sociedade teremos que pactuar restrições para que nosso dia-a-dia tenha um mínimo de organização ou será o faroeste/guerra civil que o Rio vive hoje.
Outra idéia, que rende muito aqui, porque nos vende como caras do bem, generosos, acolhedores, mas que não é factível na prática é a de que tem prá todos,  de que sempre tem lugar prá mais um! O ciclo é sempre promissor inicialmente - fase Robin Hood - mas se encerra com choro e muita dor - a fase atual do Rio. A oferta nunca supre a demanda, acho que foi Marx quem escreveu a respeito. Temos que deixar de ser preguiçosos mentais, assumir a  premissa - dolorosa - da escassez de recursos, por a massa cinzenta prá funcionar e  pactuar  prioridades de maneira a se respeitar aquela máxima atribuída a Marx - sempre ele! : De cada qual segundo a sua capacidade, a cada qual segundo suas necessidades. 

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