sábado, 23 de setembro de 2017

Fim dos tempos.

Tempos de decomposição,
de ares pútridos,
de cadáveres insepultos,
de cisnes negros e aves de rapina.
Tempos dissimulados,
de mentiras desabridas,
de safadeza,
de virtudes fingidas,
e almas perdidas.
Tempos de danação,
de canalhas ousados,
predadores vorazes
e torpezas sem fim.
Tempos hedonistas,
de avidez consumista,
em que contam as aparências
e reina a desfaçatez.
Tempos vulgares,
tingidos de indecência.
Oh tempora!

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