quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Desalento, raiva, impotência

Um misto de todos esses sentimentos me invade, ao ler na Folha de hoje que o maior dos  processos movidos contra Eduardo Cunha, foi anulado. Ele era acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e violação do sigilo profissional pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira da 10a Vara em Brasília e condenado a 24 anos e 10 meses de prisão. Motivo: incompetência da Justiça Federal para julgar o processo. A ação foi anulada e os autos remetidos para a Justiça Eleitoral do RN. 

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Prá váriar... inconformidades com o processo. A forma, prevalecendo sobre o mérito. É o caminho seguro que a defesa usa para garantir a impunidade da turma do colarinho branco. O emaranhado de leis sobre as quais se edifica o nosso decantado estado democrático de direito permite que sempre se encontre uma brecha, não para anular o crime, e, sim, o processo.

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Com exemplos como o de Eduardo Cunha, que até as pedras sabem, tem culpa em cartório, vai-se minando a crença nas instituições. Há uma corrosão da democracia? Não é difícil saber o porquê.

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Não demora, e o Sérgio Cabral, o último dos mohicanos ainda enjaulado, vai desfilar livre, leve e solto, proclamando aos quatro ventos que a justiça nada conseguiu provar contra seu nome. 

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