A editoria de The Economist (edição especial de 23/12) tenta resumir o ano com 10 matérias de capa publicadas ao longo de 2021. Uma delas (04/09) aborda a questão da ameaça representada pelo iliberalismo progressista ao liberalismo clássico um dos pilares das grandes democracias ocidentais. Na companhia de outro iliberalismo - o reacionário - ele é comparado ao perigo que nazismo e fascismo significaram no século XX.
Nas palavras da editora, observa-se uma fratura (crack) no pensamento filosófico que embasa a cultura wokery. Moro ao sul do Equador, e não tenho observado arrefecimento algum no movimento por esses grotões do mundo. Os jornalões brasileiros - Folha em especial - abrigam uma representativa quantidade de colunistas alinhados com a cultura woke.
Definitivamente estou à margem e torço para que a fratura observada nos excessos desse pensamento no hemisfério norte se estenda para o hemisfério sul. Enquanto isso não acontece, haja saco para suportar os argumentos monocórdios e estapafúrdios dessa turma a respeito de racismo, machismo e desigualdade - para eles responsáveis pela maior parte dos problemas do país. Irrita profundamente a arrogância e agressividade com que defendem suas teses. Difícil enfrentar a maré progressista e seu imaginário, dominante nos meios culturais do país, mas enquanto houver bambu - parafraseando alguém - haverá flechas.
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