Queria muito ver esse filme. Da leitura de suas resenhas e críticas brotou uma certeza interior de que ele tinha algo a me dizer. O Calvário vivido por aquele professor falava-me de fatos recentes que o Destino colocou em minha vida. Um amigo que está a separar-se da mulher deve estar vivendo situação semelhante. Ela saiu de casa e diz que era espancada. Ele nega veementemente. Por tudo que dele conheço, fico com sua versão. O mal, entretanto, está feito. Ele está pirando, perdeu o emprego e a bola de neve só faz aumentar.
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No filme é uma garotinha de cinco anos que acusa o professor de ter abusado dela sexualmente. Mentiu...Foi, entretanto, a versão que vingou na escola. Abriu as portas do inferno para aquele quarentão divorciado - que se erro cometeu - foi o de lecionar em uma escola maternal. Deu a oportunidade para que uma rejeição afetiva associada a uma fértil imaginação infantil desencadeasse a tragédia que o filme mostra com rara felicidade.
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O mal mora ao lado. É um vírus oportunista, um jogador ardiloso que se insinua em nossas vidas e as faz em pedaços. Nos joga no olho do furacão . Se dele conseguirmos sair, será marcados. Muita gente boa já perdeu a fé em situações semelhantes. Jó é o exemplo clássico.
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Resta a beleza - sempre e só - das paisagens outonais com aquelas árvores a desfazerem-se de suas folhas que o tempo coloriu de amarelo e a graça de Fanny - a cachorrinha do professor - que adoraria ter em minha casa e que não sobreviveu à maldade dos homens.
Eu...sobreviverei?
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