sábado, 9 de maio de 2015

O mal é banal.

A ausência de referenciais claros, de  end-points éticos,  tem levado  mais e mais pessoas a viver em estado de natureza. Tolhidos nos seus desejos, desafiados na sua visão de mundo, ou até mesmo por um simples capricho,  reagem com a  virulência, a amoralidade dos tsunamis e furacões. No passado, as ações devastadoras eram macro e provocadas por psicopatas de nomeada: Hitler, Stalin, Mao, Pol Pot.... É grande a galeria! Hoje as ações são micro, os psicopatas são de bolso e a Internet é seu palco preferido. É a maldade pret-a-porter.  Está ao alcance da mão de quem a exerce e de quem a sofre.
Já ouví várias vezes: - Olha que sou má(u)!  dito não sei se em tom de aviso ou de ameaça mas certamente sem nenhum constrangimento. Hoje a maldade destila um certo charme. É apresentada como um atributo que deve compor o multifacetado quadro  de uma personalidade vitoriosa.  Em um contexto onde  o que importa  é a auto-estima e a realização de todos os nossos desejos se a  maldade concorrer para isso porque não fazer uso dela? 
A culpa...e ela existe? Deve ser prurido de gente crente, conservadora.
Então cuidado meu amigo, há perigo na esquina. 
Aquele fofo(a) que divide com você confidências, te faz os melhores elogios, te cumula de presentes pode ser um ogro ou uma megera, enfim um potencial psicopata de bolso. Basta dar-lhe motivos. Fúteis muitas vezes. E os danos serão irreparáveis, personalidades serão destruídas via Internet ou vidas como a dos 149 passageiros do vôo da Germanwings que se espatifou nos Alpes franceses por obra e graça de um co-piloto que na minha opinião não passava de um exemplar dessa fauna que se multiplica a olhos vistos. Diagnosticaram depressão. Deprimidos não matam os outros, suicidam-se. Aliás, o que tem de psicopata se fazendo passar por deprimido... Os deprimidos não merecem pois fazem mal a si próprios.

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