Um bom preditor de sucesso na vida é a capacidade de, na infância,
exercer o autocontrole e trocar a gratificação imediata por uma
recompensa maior no futuro.
Essa noção é ilustrada pela célebre experiência do "marshmallow", de
Walter Mischel, de Stanford. Nos anos 60, ele submeteu garotos de cerca
de quatro anos ao seguinte dilema: eles podiam escolher entre ganhar um
"marshmallow" no instante em que tocassem uma campainha, ou ficar
sozinhos diante do doce e aguardar a volta do pesquisador 15 minutos
depois, hipótese em que receberiam duas guloseimas.
Décadas depois, estudos de "follow-up" mostraram que aqueles que
resistiram por mais tempo apresentavam melhores resultados numa série de
indicadores como desempenho acadêmico, envolvimento com drogas, taxas
de divórcio, peso corporal.
Hélio Schartzman - Marshmallow e Previdência - Folha, 08.04.2017
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Quantos hoje deixariam para depois? Afinal, não é tão simples assim. Vivemos uma cultura hedonística, de fruição imediata, do aqui e agora. Ruim é que são todas características de um tecido social doente e de uma civilização decadente.
Não sucumbir à tentação era um ensinamento básico da minha educação no seminário, considerada conservadora e mesmo retrógrada.Saia da infância quando prá lá fui encaminhado.
Na reta final da minha passagem por essa vida - haverão outras? - posso dizer que passei em dois indicadores; fiquei devendo no primeiro. No terceiro não fui provado pois não mantive relação duradoura com mulher alguma. Seria provavelmente reprovado, a julgar pelas experiências que tive.
Na reta final da minha passagem por essa vida - haverão outras? - posso dizer que passei em dois indicadores; fiquei devendo no primeiro. No terceiro não fui provado pois não mantive relação duradoura com mulher alguma. Seria provavelmente reprovado, a julgar pelas experiências que tive.
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