É época de Oscar - hoje a premiação mais badalada do cinema; em outros tempos havia Cannes, Berlim, Veneza - e dois filmes sobre a velhice estão em evidência:
Meu Pai com Anthony Hopkins, em interpretação memorável - segundo os entendidos merece fácil o Oscar, mas não vai levar - de um octagenário que aos poucos vai perdendo a memória.
Druk - Mais uma rodada, do dinamarquês Thomas Vinterberg, aborda a meia-idade - um grupo de professores quarentões em crise existencial . Chamou minha atenção pois eles enveredam pela bebida para tentar superar suas frustrações de acordo com o artigo do L.F. Pondé na Folha de hoje.
Vê-los, pelos mais diversos motivos que me atingem diretamente - Hopkins, a velhice, a condição de bebedor além do razoável - tornou-se uma obrigação. Minha condição de rato de cinema no passado, me tornou um desadaptado para Netflix e similares. Quem sabe o apelo desses dois filmes me motive a sentar duas horas diante de uma tela de TV ou do computador. Bom mesmo era o escurinho do cinema.
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No artigo, impagável o termo - analfabeto existencial - para definir a condição assumida por muitos heterosexuais para se distinguir dos gays. Ousaria dizer que em nossos dias os indigentes existenciais são legião. Superam em muito os heteros do Pondé.
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