terça-feira, 20 de julho de 2021

Mal estar ocidental.

Um artigo de Alex Hochuli - mora no Brasil atualmente -  para a American Affairs está causando. Aborda o cenário de decadência do  mundo desenvolvido ocidental que ficou patente com o tratamento que se deu à pandemia em particular nos Estados Unidos e Inglaterra que em nada ficaram devendo ao desempenho das economias da periferia desse mundo, com merecido destaque para o Brasil.

Há um sentimento generalizado de que as coisas não funcionam como deveriam. Fenômenos que antes só ocorriam ao sul do Equador, tornam-se cada vez mais frequentes por lá: funcionalidades do Estado em baixa, nepotismo, teorias da conspiração, confusão política e déficits da verdade. Tais sinais de decadência marcariam o Fim do Fim da História onde o futuro prometido não é entregue, um sentimento de que as coisas regridem ao invés de progredirem. Seria um passo posterior ao Fim da História, conceito polêmico elaborado ao final do século XX, que havia decretado o triunfo do capitalismo  sobre o comunismo e o consequente fim da polarização Este/Oeste, substituida pela polarização Norte/Sul.

O que constrange embora não surpreenda, é que a atual malaise do mundo desenvolvido foi definida como brasilianização. O Brasil seria o espelho dessa involução, porque definido como o país do futuro que nunca se realiza,  onde a frustração faz parte do quotidiano, em que invariavelmente dá-se dois passos para a frente e outro para trás, e que nos deixa confusos e desorientados, assombrados com o que poderíamos ser. País em que satisfeitos estão apenas as elites financeiras e os políticos venais, em que todos reclamam mas nada fazem para mudar o estado atual das coisas.

O artigo é longo mas vale o tempo despendido para sua leitura.

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