domingo, 30 de julho de 2023

Estamos terminando o mês mais quente da história

Incêndios na Sicilia, sul da Itália (O Globo)

...desde que os registros de temperatura tiveram inicio, por volta de 1800. Aquecimento global já era, entramos na era da fervura global como declarou o secretário-geral da ONU, Antônio Guterrez, de acordo com matéria publicada em O Globo, com dados e declarações de quem entende do riscado bem preocupantes. 

Apesar do panorama sombrio que se desenha para o futuro, as negociações entre as grandes economias do mundo (G-20) para enfrentar o problema estão paralisadas como revela matéria do Valor Econômico.  Eles colaboram com 3/4 da produção de gases-estufa do planeta e sequer chegaram a um acordo para um comunicado final sobre as questões do clima na sua última reunião; países exportadores de petróleo e gás natural não permitiram que se fizesse menção à redução de produção e consumo de combustíveis fósseis, com vários vetando, inclusive, uma meta para expansão das energias renováveis. 

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Tecnologia para combater a produção dos gases-estufa existe mas...

  • como são caras economicamente e vão deixar o planeta mais pobre,  ninguém quer assumir seus custos. 
  • como seus efeitos são de longo prazo, não são interessantes politicamente já que os profissionais da área pensam apenas a curto prazo. Afinal precisam se reeleger.

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O que não falta é palavrório sobre o tema, tanto  na mídia, onde há jornais como o Valor Econômico que publicam regularmente o Práticas ESG, um caderno especial sobre a matéria,  além de toda a embromação em torno dessas práticas nas empresas. Ontem acessei o site institucional de Vale, e a preocupação com o meio-ambiente ganha o maior destaque nas suas páginas. Até parece que os desastres ambientais de Brumadinho e Mariana foram em outro mundo!  É o velho abismo entre as palavras e a ação.

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Enquanto isso,  as temperaturas não páram de aumentar. Até onde esticaremos a corda? 

Há quem diga que estamos na antessala do Inferno de Dante.

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O que pensar desses senhores e senhoras, que dizem que a coisa mais importante do mundo são seus filhos, mas que com suas decisões na esfera da política e dos negócios passam a conta ambiental prá eles? Ou de boa parte de meus coleguinhas, geólogos do petróleo,  que se recusam a reconhecer a responsabilidade da ação antrópica no aquecimento global? 


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