...depois do baque em termos de crença que foi a morte de meu pai - ver alguém tão querido sofrendo daquela maneira, me levou a um descrédito total na transcendência e na possibilidade de uma salvação a posteriori - mais e mais refaço o caminho de volta, não para uma religião que me traga felicidade, uma muleta de auto-ajuda, uma religião que me livre da agonia de viver, mas para uma religião que traz à tona um sofrimento ainda maior e me permite ampliar a consciência da condição humana. Tá certo o Pondé (Folha, 3.12.2012) quando escreve: Sofro, porisso penso, e logo, existo.
quando o corpo se põe de joelhos, pelo peso do pecado, o espírito se ergue.
(biscoito fino da antropologia do cristianismo)
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