sábado, 24 de agosto de 2013

Minha estrela

Ela brilhava só, no escuro céu retangular
moldado pela  pequenina janela do avião.
Apurei o olho e descobri mais uma,
discretíssima,
a bombordo de ré.
Esquadrinhei de diversos ângulos,
descobri outras.
Junto ao zênite,
miríades delas.
Nunca vira tantas.
Não importava.
Aquela era a minha estrela.

Nas luzes tênues da cabine,
no silêncio da madrugada,
oprimido  pelo
som permanente das turbinas,
todos dormem.
Minha alma desperta,
descansa em paz.

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