domingo, 27 de outubro de 2013

Kafkianas

Ontem, deram-me um chá de cadeira de quase 2 horas e meia no Pró-Cardiaco. Longe de ser uma unidade do SUS, é considerado um dos 5 melhores hospitais no Rio de Janeiro. Como precisava do diagnóstico do exame de sangue que fizera, fui obrigado a esperar. Deu pneumonia!  Explodí com a médica na hora do atendimento final. Depois penitenciei-me porque fora duro demais. Era uma moça bonita, pareceu-me dedicada, profissional. Tentou explicar a razão da demora. Havia sinceridade nela. Tinha sotaque do Sul. Seu nome -  Thais Nietsche. Quase Nietzsche. Na hora não percebi. Achei que o sobrenome era o mesmo. Quis perguntar-lhe - a irritação não deixou - se  o conhecia, se lera algo dele, e, principalmente se lera Kafka pois aquela era uma situação kafkiana. Mais uma... num país onde o absurdo é moeda corrente e onde ao invés das pessoas se indignarem com a situação, riem quando não debocham. Afinal, é preciso levar tudo numa boa, sem stress... não é mesmo?

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