A conversa que tive com o motorista de táxi no caminho de casa para o Aeroporto ontem só fez reforçar uma idéia que cultivo a respeito da situação de bandalha, ou escracho- palavras cariocas - que vivemos no país.
O que vemos nos andares superiores das diversas esferas de poder é um reflexo do que se vive cá embaixo na planície por nosotros. Coloquei a tese para o motora. Ele concordou e enriqueceu com dois exemplos, entre muitos, retirados da sua condição de motorista de táxi. Mesmo com um aparelho acoplado ao taxímetro que emite Notas Fiscais com o valor da corrida, disse-me que usou-o apenas duas vezes... e com dois gringos! Todas as outras vezes em que lhe foi pedida a Nota Fiscal, pediam-na para que fosse feita manualmente, sempre com valores superfaturados.
Agora outra... Seus colegas o chamam de muquirana porque não solta um por fora prá fiscal da Receita Federal para que apresse o trâmite do seu processo de liberação da documentação necessária quando da aquisição de um novo veículo. Isso implica numa espera de três a quatro meses.
São práticas do dia-a-dia e que se repetem em qualquer atividade. Como dizia o falecido Roberto Campos... com elas não temos a menor chance de dar certo. E por falar nele, lí por aí, de que quando embaixador em Londres, contratou a amante para trabalhar na Embaixada.
Não tem jeito mesmo!
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