quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Pausa para o café.

Em meio a tamanha sujeira que roda desembestada pelo país, ouvir esse concerto para oboé do Albinoni (Concerto #2 em Dó Menor Opus 9) é  a luz que o fundo do túnel teima em não mostrar. O lirismo e a delicadeza do Adagio do seu segundo movimento é dos deuses. Sou um devoto de barroco em música clássica. Essa quase exclusividade das cordas, com uma participação complementar das madeiras dá às músicas daquela época, uma leveza e uma alegria que provavelmente refletem  o ambiente em que foram compostas. Parece-me que muito mais harmoniosa do que a dos dias atuais. Qual seria a trilha sonora do nosso tempo? Imagino uma música de muitas dissonâncias com a presença agressiva dos metais e da percussão. Não é por acaso que atonalismo e serialismo são criações modernas. São estilos difíceis de assimilar.   Até hoje meus ouvidos dizem não a músicas associadas a esses movimentos.

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