segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O cachorro mordendo o próprio rabo!

Fui obrigado a ir ao supermercado ontem à tarde - e pior! - encarar a muvuca do Mundial, pois as cebolinhas que precisava  para o meu almoço só as encontrei por lá. Pensei em me safar usando a fila dos velhinhos, que de fato estava pequena, mas fiz uma péssima escolha. Na minha frente duas negonas, provavelmente moradoras da Ladeira do Tabajaras, mimetizavam a tragédia do Brasil. Com elas estava uma criança de uns 3 anos,  provavelmente trazida  pelas duas espertas  para fugirem das filas normais que eram enormes. Compraram no máximo 15 itens, mas  ao passarem  pelo caixa aprontaram. Ficaram por lá pelo menos 10 minutos. Uma das compras não estava etiquetada com o preço. Só depois de uma longa discussão com a caixa, é que uma delas decidiu-se ir às  prateleiras para substituí-la. Operação que tomou pelo menos 5 minutos.
A reclamação das pessoas da fila era geral, mas a parceira que ficou no caixa com a criança, justificava a atitude com indiferença e empáfia dizendo que estavam  no direito delas (sic) enquanto  conversava com a caixa que não estava nem aí para a situação. Era-lhe conveniente pois estava dando uma pausa para o trabalho.
Registrado o último item, a operação de pagamento tomou outros dois minutos pois  não havia troco no caixa. Irritadas, as pessoas da fila se continham visivelmente. Ninguém queria estragar o último dia do ano. 
Mais do que o stress ficou o desânimo de constatar que a turma do andar debaixo, reproduz o comportamento boçal da turma do andar superior. 
Alguma chance de darmos certo como sociedade? Não. Pelo menos a curto prazo.

PS - Espero não ser processado judicialmente por  racismo pelo fato de ter usado  negonas,  um termo que se usa comumente na linguagem coloquial para designar pessoas da cor negra de porte avantajado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário