Transcrevo o comentário de um leitor, ao artigo do Hélio Schwartzmann para a Folha de domingo, onde o articulista manifesta sua preocupação com o crescimento das idéias de extrema-direita e com a sua penetração no mundo de idéias liberal. Dei boas gargalhadas com a frase final. Ela é crua mas dolorosamente verdadeira.
Aí você vê uma geração globalizada pela internet que tem menos de 30 anos muito preocupada com metaversos, Bitcoin's, NFT'S, veículos elétricos, viagens espaciais, conversando e interagindo com o mundo todo em diversos idiomas, miscigenado a vontê e os profetas do apocalipse juram que a questão de "poder" é sobre conservadorismo x liberalismo. Elon Musk, Bessos, Gates e Cia. limpam a ... com esses livros.
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As voltas que a vida dá, fizeram-me frequentar os dois mundos; o das ciências humanas, especialmente nos tempos de universidade, e o das ciências da natureza e exatas com suas aplicações, já como profissional no mundo do trabalho. Enquanto a turma do primeiro elocubra, a dosegundo, mete a mão na massa. Estes não estão nem aí para o que fazem e pensam aqueles. Criam e inventam instigados pela forte competição em que estão imersos. Não há espaço na sua mente, tampouco tempo na sua agenda para ocupar-se ou preocupar-se com os temas que afligem os intelectuais de plantão. O paralelo pode também ser estabelecido entre os temas que ocupam o dia-a-dia destes intelectuais e a vida do povo pobre do nosso país, objeto da maior parte da sua produção acadêmica.
Muitos, provavelmente, repetiriam o gesto - bem pouco educado - da geração globalizada a que se refere o nosso leitor.
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