Em meus 70 anos, elegi apenas um Presidente da República: FHC no seu primeiro mandato e não me arrependo. Seu projeto é o que de mais próximo encontrei com meu imaginário em termos políticos e econômicos; em matéria de costumes nem tanto. Não o sufraguei para um segundo, pois levantaram-se suspeitas sérias, quanto a uma compra de votos para a aprovação do decreto que lhe presenteou com o instituto da reeleição; as consequências danosas arcamos até hoje. Ele próprio se arrependeu.
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....e não será desta vez também que elegerei um presidente, pois votarei na mulé (Simone Tebet). Passa longe de ser a candidata dos sonhos mas é o que temos. Até poderia ser o Ciro, mas discordo do seu desenvolvimentismo econômico. Quase toda A. Latina padece dessa visão com os resultados que falam por si. Dos extremos, passo longe...mas hoje são eles que pontificam.
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Divirto-me com a propaganda eleitoral na TV. Não com o tedioso palavrório dos candidatos mas com a sua nominata. Retratam um mundo desconhecido para quem como eu vive a bolha da Zona Sul. Desfilam por lá o Fulano do Posto, o Beltrano do Pneu, a mulher do Fulano do Posto. E por aí vai...
Ao mesmo tempo assusto-me com a quantidade de candidatos envolvidos com a Justiça e/ou criminalidade, ou ainda que foram um fracasso em seus mandatos: o notório Daniel Silveira prá começar.... Pastor Everaldo, representantes das famílias Brazão, Picciani, Cabral e Cunha, o ex-prefeito Crivella, Wilson Witzel, Julio Lopes, a irmã e o pai que fazem questão de salientar seu parentesco com o vereador cassado por suas estrepulias sexuais com novinhas... E olha que estou citando apenas os nomes que me vem espontaneamente à mente. O bestialógico é dos mais ricos.
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Costumo aceitar os santinhos dos candidatos que me ofereçem na rua, apenas para ajudar a pessoa que está aí ganhando seu modesto caraminguá. Em uma ocasião, presenteado com um santinho que verifiquei ser do Julio Lopes, exclamei decepcionado: - Logo esse cara... Ladrão! A moça que distribuia o material, riu e disse: - Pois é! Ela própria desacreditava do que fazia. Consequência natural de boa parte das nossas práticas políticas.
E tá cheio de gente por aí reclamando que criminalizaram a política.
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P.S. Julio Lopes era o Pavão na lista de propina da Odebrecht. (É o próprio! Viajei uma vez com ele; terno e gravata impecáveis, cabelo modelado por brilhantina e um olhar muito, mas muito superior. Napoleão perdia!) Denunciado pela PGR na operação LavaJato, teve sua casa vasculhada mas está aí batalhando por uma boquinha como deputado federal financiado com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Dado as voltas que a nossa Justiça dá, certamente conseguiu um status de candidato Ficha Limpa e deve estar proclamando sua condição aos quatro ventos provavelmente dizendo que nada foi provado contra ele. Acredita quem quiser! Nem eu, nem a mocinha que distribuia os santinhos fazemos tal profissão de fé.
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