... e pela segunda vez na vida ganhei uma eleição para Presidente da República. Não foi um voto em um projeto de país, foi um voto do medo. O Capitão era uma ameaça às instituições da nossa cambaleante democracia, dai que para evitar um mal maior, votei num mal menor. Parafraseando a massa: - Não tem tu, vai tu mesmo.
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Certamente haverá avanços na área ambiental, na inserção internacional do país. Não tenho muitas esperanças em educação e cultura dado o viés ideológico do progressismo na área. Temo sinceramente o que podem aprontar com a economia caso seu comando seja confiado a um discípulo da heterodoxia, matriz do pensamento economico petista. Temo também pelo protagonismo das minorias barulhentas que libertas das amarras do reacionarismo bolsonarista, passem para um ativismo que certamente poderá desencadear uma contra-reação da turma que perdeu. É no campo dos costumes que vejo a causa maior da cisão do país.
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Além de despachar o Capitão, a boa notícia é que estados importantes como Rio Grande do Sul e Pernambuco elegeram governadores mais ao centro do espectro ideológico - será que existe? - do país. Espero que sejam protagonistas, em meio à irracional radicalização em que mergulhamos.
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Lula ganhou essa eleição não apenas por ser Lula, mas sobretudo por não ser Bolsonaro, escreveu o editorialista de O Globo na edição de hoje. Eu não diria sobretudo, mas boa parte dos votos que recebeu - o meu, por exemplo - ele pode creditar ao fato de que um valor mais alto se levantava: a contituidade das instituições democráticas.
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