sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Acredita quem quiser...

Mais avanço nos anos e mais e mais vou desmontando minhas crenças; uma delas é a de obter informação isenta a partir de uma única fonte da imprensa. Vejam  esta matéria da Folha a respeito do campeonato mundial de ginástica artística, título inédito para o Brasil conquistado por  Rebeca Andrade ontem em Liverpool. Fala apenas na garota de Guarulhos (SP), sem fazer qualquer referência ao fato dela ser atleta do Flamengo desde 2011, quando lá chegou aos 12 anos de idade. 

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Fala-se muito e mal - com razão! - das fake news propagadas pelas redes sociais, entretanto, o que dizer dessa notícia? É uma meia verdade como toda fake news, apenas mais elaborada. Pode-se dizer que é o modus operandi da nossa midia mainstream que omite fatos relevantes que deseja esconder do leitor/espectador, denuncia à exaustão quem a desagrada  e  põe em destaque aqueles que lhe são simpáticos; e nem estou falando do inocente bairrismo que sofre, como mostra o  exemplo citado acima. Vá lá, fosse uma matéria assinada, mas é uma notícia. Cadê a imparcialidade?

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A polarização parece ter exacerbado o problema e valer-se de apenas uma fonte de informação é atitude temerária. Cada vez mais as publicações tornam-se representantes de nicho. Basta assistir o video que circula por aí com a comemoração nos estúdios da Globo após a virada de Lula na apuração dos votos do 2o turno no domingo que passou. Curioso é que tem muito progressista que atribue à emissora a condição  de anti-petista. 

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 Assino eletronicamente quatro jornais, além de outras fontes que acesso gratuitamente. Haja tempo para tentar consolidar as diferentes abordagens e elaborar a uma visão mais próxima da realidade.

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.... e tem gente que defende com unhas e dentes a primazia dessa entidade pós-moderna chamada  lugar de fala. Ou são mal-informados ou então mal-intencionados. 

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Estou procurando alguém que tenha compromisso com a verdade na imprensa brasileira, à semelhança de Diógenes, filósofo grego da escola cínica, que saia às ruas de Atenas com uma lanterna à procura de alguém decente.

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