Manifestação antidemocrática...ação de vândalos...invasão dos Três Poderes... destruição do patrimônio público... Intentona... Sim!
Ação terrorista... tentativa de golpe de estado... Não! Fosse uma coisa ou outra, a ação não teria sido deflagrada num domingo com todos os prédios desocupados, nem teria sido feita por uma turba desarmada onde haviam mulheres, velhos e até crianças... Seriam necessários pelo menos um cabo e um soldado, parafraseando um filho do ex-presidente. Nem um, nem outro estiveram por lá.
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Há linhas de comparação com a invasão do Capitólio, ocorrida um ano atrás, mas considero aquela mais grave pois pretendia impedir a sessão do Congresso em que se faria a contagem oficial dos votos e seria proclamada a vitória de Joe Biden. Aqui Lula tinha sido empossado seis dias antes e sequer estava em Brasilia.
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Tão desimportante foi a ação no quotidiano do país que no dia seguinte, instituições, mercado financeiro funcionaram normalmente. O dolar não subiu, nem a Bolsa despencou...Entretanto, nossa esquerda e nossa midia mainstream usaram e abusaram dos dois termos tentando superdimensionar uma ação que não passou de uma desastrada operação de um exército Brancaleone tupiniquim. Pior, certamente esses fatos serão reportados com esse viés ideológico nos nossos livros de história dado que a grande maioria dos nossos historiadores é simpático às teses de esquerda.
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Até mesmo do ponto de vista legal, haverá dificuldade de enquadrar a ação como um crime terrorista já que a Lei 13.260 de março de 2016 define como terrorismo, atos promovidos por razão de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião. Razões políticas foram excluidas por exigência de parlamentares da esquerda temerosos que houvesse criminalização dos movimentos sociais (!?!).
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Marcus André Melo na sua coluna na Folha de ontem faz uma análise desassombrada dos fatos do dia 8, citando vários analistas internacionais que manifestaram seu espanto com tamanho amadorismo e falta de um objetivo claro para a ação.
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P.S. Que os órgãos responsáveis investiguem e punam quem promoveu e financiou os atos - os peixes grandes - e deixem em paz os bagrinhos que foram a Brasilia sem muita noção do que estavam fazendo. Ou você acha que o cara que derrubou o relógio que D. João VI recebeu de presente do Rei da França, ou aquele que rasgou a tela de Di Cavalcanti, sabiam o que estavam destruindo?
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