Prometo que será a postagem derradeira sobre o tema...
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Impressionante o transe por que passam os argentinos em virtude da conquista da Copa. Serão eles também uma pátria de chuteiras? Fico a me perguntar... e se eles fossem aquela nação top que eram no início do século passado, estariam se esbaldando nas ruas como estão fazendo atualmente? Não teriam assumido uma atitude blasé mais condizente com sua assumida soberba (os buenairenses, pelo menos...)? Ricos, terra do Papa e do melhor jogador desse século...
Mas a riqueza evaporou-se, viraram vira-latas como nós no concerto das grandes nações. Entraram naquela espiral descendente em que quase todos os países da AL mergulharam. Será que não derivaria daí tamanha catarse? Já que não fazem o dever de casa no que realmente importa, restou-lhes o futebol e... o Papa.
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Apesar de não ser a melhor equipe tecnicamente, a Argentina venceu a Copa. A competência do seu técnico, quase um desconhecido, e a disposição anímica de seus jogadores foram os fatores preponderantes para o sucesso da seleção de nuestros hermanos. Eles que já se acham em condições normais, imagina agora...Ficarão impossíveis e será difícil aturá-los.
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Roberto DaMatta no Globo de hoje fala do fascínio que o futebol exerce sobre as pessoas talvez porque mais do que os outros esportes ele guarda um componente aleatório muito forte, assemelhando-se à vida. É fácil de entender para quem teve algum contato com estatística. O leque de possibilidades que uma partida de futebol oferece é imenso e o imponderável aparece com frequência, embora a lógica continue sendo a regra geral. São apenas 22 jogadores movimentando-se em uma área em torno de um hectare, tentando colocar uma bola com os pés numa área de 17,85m2. As combinações são infinitas, e zebras e azarões costumam dar o ar da graça, especialmente em torneios mata-mata.
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