Num ano de tantas mortes de grandes personalidades da minha geração, a última tinha de ser a de maior impacto para nós brasileiros: Pelé. Tido e havido como o maior jogador de futebol de todos os tempos foi coroado Rei. Alguém disse que ele é o nosso único Premio Nobel. Perfeito! Já que não fazemos a lição de casa onde importa, que seja no futebol.
Inegável, também é a projeção que ele deu ao Brasil no mundo. Identificavam-se. Até pouco tempo, se você estivesse no exterior e falasse que era brasileiro e seu interlocutor desse demonstração de que não estava entendendo do que se estava falando, bastava falar em Pelé, que logo ele iria se conectar.
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Foi ele o maior de todos os tempos? Provavelmente sim. Rende uma boa briga com os argentinos...
Tenho uma prevenção danada com essa classificação. Cada época tem condições de contorno próprias, o que dificulta muito a tarefa. Considero presunçosa a afirmação: - O melhor de todos é ...Mais correto para mim seria dizer que: - Certamente ele é um dos 10 melhores do mundo... Ou então: - Dos que vi jogar ....
É bem verdade que Pelé dominava como nenhum outro, todos os fundamentos do futebol: habilidade, técnica, visão de jogo, capacidade de decisão. Há inúmeros videos circulando na internet que mostram jogadas fenomenais, dribles espetaculares. Talvez porisso seja ele quem - no futebol - mais facilmente poderia ser considerado the Best.
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Manifestações à parte, com os balões de elogio empinados na altura máxima pela imprensa - por que o Vaticano não o canoniza ? - chama atenção a evidente satisfação com que os jornalistas noticiam o lugar de destaque que os principais jornais do mundo deram para o fato. Enfim... o Brasil estava na berlinda. Quanto orgulho!
Fazer o quê? Nos fizeram assim... meio exibidos.
Homenagem da Nasa a Pelé
(Galáxia espiral na constelação do Escultor mostrando as cores do Brasil)
Divulgação/Nasa
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