sábado, 31 de dezembro de 2022

A perda final

Num ano de tantas mortes de grandes personalidades da minha geração, a última tinha de ser a de maior impacto para nós brasileiros: Pelé. Tido e havido como o maior jogador de futebol de todos os tempos foi coroado Rei. Alguém disse que  ele é o nosso único Premio Nobel. Perfeito! Já que não fazemos a lição de casa onde importa, que seja no futebol. 

Inegável, também é a projeção que ele deu ao Brasil no mundo. Identificavam-se. Até pouco tempo, se você estivesse no exterior e falasse que era brasileiro e seu interlocutor desse demonstração de que não estava entendendo do que se estava falando, bastava falar em Pelé, que logo ele iria se conectar.

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Foi ele  o maior de todos os tempos? Provavelmente sim. Rende uma boa briga com os argentinos...

Tenho uma prevenção danada com essa classificação. Cada época tem condições de contorno próprias, o que dificulta muito a tarefa. Considero presunçosa a afirmação:  - O melhor de todos é ...Mais correto para mim seria dizer que: - Certamente ele é um dos 10 melhores do mundo... Ou então: - Dos que vi jogar ....

É bem verdade que Pelé dominava como nenhum outro,  todos os fundamentos do futebol: habilidade, técnica, visão de jogo, capacidade de decisão. Há inúmeros videos circulando na internet que mostram  jogadas fenomenais, dribles espetaculares. Talvez porisso seja ele  quem - no futebol -  mais facilmente poderia ser considerado the Best.  

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Manifestações à parte, com os balões de elogio empinados na altura máxima pela imprensa - por que o Vaticano não o canoniza ? - chama atenção a evidente satisfação  com que os jornalistas noticiam o lugar de destaque que os principais jornais do mundo deram para o fato. Enfim... o Brasil estava na berlinda. Quanto orgulho!

Fazer o quê? Nos fizeram assim... meio exibidos.

Homenagem da Nasa a Pelé

(Galáxia espiral na constelação do Escultor mostrando as cores do Brasil)

Divulgação/Nasa

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