A escolha dos nomes para o futuro ministério de Lula, tem mostrado a paranóia que a guerra cultural que começou lá nos anos 60 do século passado, nos jogou. Talvez porque se sintam legitimados pela eleição de um governo que é simpático a suas causas, os apóstolos do identitarismo botaram seu bloco na rua sem pudor algum. Sou tentado muitas vezes a pensar que é uma questão de inteligência dada a primariedade da argumentação desse pessoal. que parece ter assumido que diversidade na escolha dos nomes para o ministério é critério maior que competência. Nenhuma surpresa já que meritocracia tornou-se palavrão entre eles.
Algumas pérolas:
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Errou o presidente Lula ao começar com cinco homens. Péssimo.
(Miriam Leitão no Twitter, comentando os primeiros nomes anunciados do Ministério). Mas ela foi além pois ouvi um comentário seu na CBN ou GloboNews em que ela adicionou raça ao gênero... falou em homens brancos.
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Homens brancos são 10 dos 21 ministros de Lula até o momento.
(Título de matéria publicada na Folha de 22.12)
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Lula consegue sua foto no ministério com mais diversidade mas ainda é pouco.
(Miriam Leitão - O Globo (22.12))
...e lá pelas tantas ela escreve :
Preterir o nome de Isolda Cela e escolher o de Camilo Santana para a Educação é um mau sinal.
(Concordo, provavelmente por motivos diferentes. Ela porque foi preterida uma mulher por um homem - e pior! - branco, eu, porque foi preterida uma pessoa competente, independente de gênero, raça ou opção sexual.)
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Flavia Oliveira, há poucos dias, na GloboNews sugeriu a criação de novos ministérios: dos Quilombolas, dos Sem-Teto...
(Já são 37 os ministérios, com exageros evidentes como o a criação do ministério dos Direitos Humanos e além dele, os ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Povos Indígenas. Pensando bem...nessa feira da diversidade porque não os ministérios dos Quilombolas e dos Sem-Teto).
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Enfim...as minorias terão seu quinhão, muito menor que suas demandas, per supuesto! A conta fica prá nós.
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