domingo, 19 de novembro de 2017

- "Coisa de preto"! - William Waack.

Ele é um dos raros jornalistas brasileiros que cava além da superfície ou das banalidades repetidas ad nauseam pela nossa imprensa. Considero-o pedante, mas vejo regularmente seu programa de final de semana na GloboNews. E tem opiniões que batem de frente com as nossas esquerdas tanto as mais ideologizadas quanto as festivas.
Colocaram nas redes um comentário em off  feito por ele, um ano atrás ao assistir no estúdio a transmissão da posse de Trump. Estranho, muito estranho que tudo tenha sido divulgado apenas agora. Tudo é suspeito e certamente os motivos que levaram a essa divulgação nada tem a ver com indignação pela frase infeliz. Provavelmente é vendetta, possivelmente ideológica/política. A estampa das figuras que fizeram a divulgação do vídeo, revela muito.
A reação dele é a de muitos - eu diria quase todos - que usam desses bordões populares no dia-a-dia. A frase é racista, mas isso não significa que ele seja racista. Pelo que conheço dele e depoimentos de amigos, de fato não o é. A Globo com medo das patrulhas mudernas suspendeu suas atividades na emissora. Enfim... vivemos em um mundo em que seremos cobrados por esses patrulheiros - crème de la crème da modernidade -  até pelo que fizermos e dissermos na nossa intimidade. George Orwell atribuiu esse poder ao Estado mas a se julgar pelos fatos esse pessoal é quem vai assumir a prerrogativa.
Aliás, o fato é semelhante ao que aconteceu com o Donald Trump naquela declaração infeliz e considerada machista, obtida através de gravação clandestina. O comentário que é chulo, sem dúvida,  é comum em qualquer vestiário masculino daqui, de lá, do mundo. Qualquer macho que frequenta esses ambientes, sabe disso muito bem.  Mas as patrulhas entram em ação,  armam o maior auê... Fossem declarações públicas, entretanto nenhuma o foi além de terem sido obtidas de maneira no mínimo suspeita. Estamos regredindo ao stalinismo com esses patrulheiros culturais e de costumes desempenhando o papel da polícia secreta soviética. Vão se catar. 

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