Não deixa de ser surpreendente e principalmente gratificante, nos tempos distópicos em que vivemos onde uma mulher é avaliada pelo tamanho da sua bunda - nem as gestantes escapam da fixação como mostra a emblemática foto que ilustra a matéria da Folha - assistir tanto espaço na midia dedicado a uma mulher que pode ser distinguida por virtudes como entrega total ao seu dever, controle emocional e sacrifício pessoal conforme escreveu Brendan O'Neill, o republicano editor-chefe da Spectator.
As bundudas que a midia exalta com furor, refletindo a cultura que domina nossos tempos, certamente desconhecem tais atributos. Nem devemos culpá-las, porque sequer os conhecem. Outros valores mais altos - uma bunda grande, por exemplo - se alevantam no século XXI. E não faltam estímulos para que sejam utilizados, até porque seu sucesso é enorme.
Talvez o passamento da rainha seja o suspiro derradeiro de uma época. Virtudes que a distinguiram, provavelmente farão parte do passado. Torço para que minhas previsões não se cumpram.
God bless Elisabeth II!
Arco-iris que apareceu no céu junto ao castelo de Windsor, quando a Union Jack desceu a meio-pau no anúncio da morte da rainha. (Getty Images)
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