sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A marcha da insensatez (III)

O artigo de Sylvia Colombo para o UOL mostra com clareza que a insensatez não é privilégio apenas do Rio de Janeiro... do Brasil... mas também da América Latina. 

Ela considera uma ambiguidade dos argentinos o fato de Cristina Kirchner manter  sua popularidade alta, conseguindo concentrar diuturnamente um grande número de apoiadores em frente a sua residência, mesmo acusada em quatro casos de corrupção e agora ter contra si um pedido de prisão de 12 anos feito por um promotor local. É nessa popularidade que ela aposta sua defesa, de acordo com a colunista.

Qualquer semelhança com o acampamento instalado em frente à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, durante a prisão de Lula não é mera coincidência.

Nosso imaginário torto de latinoamericanos está sempre a espera de um cavaleiro andante que venha nos redimir. Um salvador que transcenda o bem e do mal, acima da Constituição - pacto soberano escrito por todos -  que deveria ser a instância máxima de uma democracia liberal. Tais demiurgos são inimputáveis. Peça a um lulo-petista, a um peronista ou a um bolsonarista a respeito dos mal-feitos dos governos dos seus jefes, capitães, ou seja lá como o milagreiro é chamado. Eles desconhecem. No caso do lulo-petismo basta ler os comentários ao artigo.

Tamanha insensatez não tirará esse insignificante continente - superamos tão somente a África - do secular atoleiro em que se meteu.

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