Certamente ela foi a maior representante da nobreza do século XX e quiçá de todo o século XXI, dada a baixa credibilidade que atinge atualmente as monarquias do mundo.
Estoica, discreta, humilde, sacrificou sua vida pelo dever da função. Certamente, numa época de proeminênia de direitos como a nossa, onde desfrutar é prioridade, não haverá alguém que lhe faça sombra a curto prazo. A nobreza atual em boa parte circula pelo duvidoso mundo dos famosos que sobrevivem das fofocas que produzem na midia tradicional e nem tanto.
Com ela se vai toda uma era. É a última grande testemunha da história, protagonista em um mundo que se estende da 2a Guerra Mundial - trabalhou como motorista de ambulância nos raids da Lutwaffe sobre Londres - até os dias de hoje. Conheceu todos os grandes personagens da história do período - de Churchill passando por Kennedy, Obama, Mandela, os papas, Gorbachev - claro! - e porque não, Putin.
Elisabeth II é outra personalidade - provavelmente a última! - de quem era fã incondicional. Deu dignidade às monarquias inglesa e do resto do mundo. Sem ela, perderão muito da sua substância, até o surgimento de algum representante com a mesma estatura.
Rest in peace, Her Majesty!
P.S.
- J.P. Coutinho, as usual, dá uma aula de erudição ao comentar o papel da monarquia nas instituições políticas britânicas que Elisabeth II, representou com quase perfeição.
- Lygia Maria, comenta o patrulhamento das milícias da raça, da identidade e do gênero (essa turma está demais!) quanto ao que consideram omissão da rainha a respeito do passado colonialista/racista do Império Britânico.
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